sábado, 20 de novembro de 2010

NOSSAS FESTAS

O que se come - e o que é proibido comer - nas comemorações religiosas do calendário judaico

SHABAT


É a comemoração do dia do repouso – do pôr-do-sol da sexta-feira ao pôr-do-sol do sábado. Considerado símbolo de louvor e de evocação ao descanso do Senhor, neste dia o judeu não trabalha – e nem cozinha. Sendo assim, grande parte dos pratos é preparada no dia anterior ou são comidos frios. A festividade inclui vinho, challot (pães trançados), peixe ou carne. Entre os judeus marroquinos, o prato principal é o hamin ou adafina, um cozido de ovos, grão de bico e carne. Os judeus ashkenazim têm um prato semelhante para o shabat. Trata-se do tchulent, um cozido preparado com feijão branco, galinha e carne de peito.

PURIM


Celebrado anualmente no 14º dia do mês hebraico de Adar, o Purim – ou Festa dos Sorteios – comemora a vitória da sobrevivência judaica sob domínio persa. O costume judaico nessa época é beber muito vinho, comer fritura e dar e receber mishloach manot – docinhos. Dois pratos entre os mais típicos na celebracão do Purim são as latkes (bolinhos de batatas raladas) e os sufganiot (sonhos).

YOM KIPPUR


É a data mais sagrada do ano judaico. Ocorre exatamente dez dias depois do Ano Novo, começando e terminando com uma refeição festiva. A que precede o jejum de 24 horas é leve, com frango, e sem temperos fortes, como pimenta e canela. Bebidas alcoólicas ficam de fora, para não dar sede. Já o jantar que encerra a celebração é farto e traz muito peixe salgado ou curtido para que sejam repostos os sais minerais perdidos durante o dia anterior.

SUCOT



Também conhecida como Festa das Tendas, começa cinco dias depois do Yom Kippur e comemora duas passagens importantes da religião: a forma como os judeus viveram por 40 anos no deserto e o início das colheitas, principalmente das frutas. Nessa época, as crianças vão para as sinagogas carregando um maço com folhas de palmeira, mirta e salgueiro. As refeições são à base de frutas e há arranjos nas sobremesas e no entorno das mesas.

PESSACH



Durante os dias da Páscoa judaica, quando é celebrado o Seder (“ordem” em hebraico), os judeus são proibidos de comer qualquer alimento fermentado. As casas são limpas de tudo o que possa ter fermento para relembrar os dias iniciais da peregrinação, nos quais não havia tempo para fermentar a massa. O primeiro jantar do feriado tem caráter didático. Os pais devem fazê-lo para ensinar os filhos sobre a saída dos judeus do Egito e o valor da liberdade. Tudo o que é servido tem um símbolo. No centro da mesa fica um prato redondo com seis alimentos: um pedaço de osso assado (representando o cordeiro pascal), um ovo cozido (que lembra o ciclo da vida), uma erva amarga e uma alface (ambos simbolizando o sofrimento da escravidão), uma massa de nozes e maçãs picadas, com gengibre e vinho (referência aos tijolos que os escravos judeus faziam) e salsão ou aipo (que representam o trabalho árido do povo escravo). Também nessa data, são preparados os famosos matzot, pães sem fermento, separados em três fileiras principais, tipificando a geração de Abraão, Isaac e Jacó e as famílias Cohen, Levi e Israel. No Seder, todo judeu deve beber quatro copos de vinho, que correspondem às quatro expressões de liberdade mencionadas na Torá.

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