sábado, 20 de novembro de 2010

CORES E AROMAS


Ao contrário dos ashkenazim, os judeus sefaradim desenvolveram uma gastronomia colorida e aromática. Por terem permanecido mais tempo nos lugares para onde migraram e se adaptado melhor, eles puderam influenciar e serem mais influenciados. Foi durante os 200 anos de cativeiro do Egito (1700 a.e.c.), por exemplo, que os judeus conheceram a galinha, o alho e a cebola.

Mais tarde, expulsos da Espanha durante a Inquisição, eles se dispersaram por todo o Mediterrâneo. Em terra fértil, cozinhavam com abundância de frutas, ervas, grãos e especiarias. No cardápio sefaradi, há ingredientes como alcachofras, aspargos, espinafre, berinjela, azeitonas e feijões variados, além de amêndoas, tamarindos, abricós e uvas – alimentos com os quais os judeus do Leste Europeu jamais sonharam.

A cozinha sefaradi difere de um país para outro e, às vezes, de uma cidade para outra. Há, no entanto, uma unidade na preparação dos pratos. Um dos mais comuns é o couscous, tradicional do norte da África, feito com semolina. Há também os mustatchudos, docinhos de nozes para ocasiões especiais, e a sopa de moloheia, vegetal de sabor forte, semelhante ao espinafre.

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